Aproveitando o gancho de uma conversa que tive com um amigo :
É engraçado como a chamada "Roda da Vida" dos Hindus acaba fazendo um certo sentido, se formos analisa-la bem. Segundo a crença, a roda nos leva ao apíce, de onde tudo enxergamos, aonde nao estamos sendo oprimidos por nada, e la, a vida é leveza. Por outro lado, começamos a decair, até chegar lá embaixo, aonde nao há visao, aonde nao ha leveza, e sim, o peso de toda a roda sobre as costas.
A unica coisa substancial e verdadeira nesta vida é o efemero. Eu me proponho a ser um sensivel capturador daquilo que é efemero, passageiro. Estatico como a grande montanha, ou fluido como o grande rio ?
Na realidade, a estaticidade leva ao peso, a fluidez leva a leveza. Heraclito ou Parmenidas ? A Aithéia é o fogo, fluido e rapido ? Ou é a terra, estatica e lenta ?
Ah, esse é dos enigmas. One of my turns.
Hoje acordei estressado. Após receber uma boa notícia, fiquei mais feliz. E apos uma pequena discussao que acabou com a ma noticia, fiquei acabado. Agora vou pra faculdade, e quem sabe nao me levante de novo...Ou espero pela ligaçao ? Ou fico para baixo ?
A fluidez de meu humor em nada tem a ver com a estaticidade de meu cárater. Na realidade, o composto é sempre parte um e parte outro. O que me mantem unico é a combinacao. E a perfeiçao é uma questao de proporcao, pura e simplesmente.
Que tudo se assemelha as vezes à fumaça, que se dissipa sem deixar rastros, porém em um contínuo espectro. Talvez seja assim a vida. Cheia de tragadas e apagos.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Contradição tupiquinim?
Não poder comprar mais letie nas farmácias, enquanto que se vende bebidas nos postos de gasolina ? Aparente contradição ? Enchemos o tanque e enchemos a cabeça de alcool?
Eita, Brasi !
Eita, Brasi !
Intelectuais domesticados ?
Gostaria de deixar aqui o meu protesto a respeito da domesticação do escritor.
Seria bom infecta-los e corrompe-los com as seguintes palavras : a liberdade individual é uma idéia essencial, e para tanto, se deve questionar a autoridade e pensar por si mesmo.
Autoridades? Elas nos querem cegos e surdos.
A respeito dos intelectuais latino-americanos, gostaria de ressaltar o fato de que somos os mais domesticados de todos.E não apenas isso, vivemos em um país aonde poderíamos sim ter alguma voz. No entanto, não temos. Por que ?
Aqueles de nós que passaram ao mainstream certamente estão confortáveis em suas posições. Tão pouco nossa academia de letras faz algo neste sentido; pois obviamente já possuem suas aspirações pessoais satisfeitas.
Poderíamos realizar organizações com o intuito de escrever e agir socialmente. Há inúmeras possibilidades para nos expressarmos nossas idéias aos governos e seus representantes. O caos é belo, no entanto, o ordenamento caos gera uma contradição impermeável. Nòs deveríamos usar nossos escritos como instrumentos produtores de realidade, não somente retratadores da realidade em si ou algo parecido. O que interessa, aqui, é a união e a organizãção das idéias e dos idealistas em uma esfera concentrada, visando a mudança social. Obviamente isto não é um conceito fácil de digerir, mas aqui vai a pergunta: qual seria a finalidade do escritor ? Do artista? E no Brasil ?
Certamente estamos confortáveis e relaxados em nossos postos, ao pensar que a escrita não deve ser instrumento de realização social. Walter Benjamim falava das consequencias da massificação da arte, e quanto a massificação do texto ? A internet é uma ferramente excelente para esta massificação, mas no que ela está sendo utilizada ?
Isto é apenas uma parte do desabafo. Posteriormente vou desenvolver esta idéia.
Seria bom infecta-los e corrompe-los com as seguintes palavras : a liberdade individual é uma idéia essencial, e para tanto, se deve questionar a autoridade e pensar por si mesmo.
Autoridades? Elas nos querem cegos e surdos.
A respeito dos intelectuais latino-americanos, gostaria de ressaltar o fato de que somos os mais domesticados de todos.E não apenas isso, vivemos em um país aonde poderíamos sim ter alguma voz. No entanto, não temos. Por que ?
Aqueles de nós que passaram ao mainstream certamente estão confortáveis em suas posições. Tão pouco nossa academia de letras faz algo neste sentido; pois obviamente já possuem suas aspirações pessoais satisfeitas.
Poderíamos realizar organizações com o intuito de escrever e agir socialmente. Há inúmeras possibilidades para nos expressarmos nossas idéias aos governos e seus representantes. O caos é belo, no entanto, o ordenamento caos gera uma contradição impermeável. Nòs deveríamos usar nossos escritos como instrumentos produtores de realidade, não somente retratadores da realidade em si ou algo parecido. O que interessa, aqui, é a união e a organizãção das idéias e dos idealistas em uma esfera concentrada, visando a mudança social. Obviamente isto não é um conceito fácil de digerir, mas aqui vai a pergunta: qual seria a finalidade do escritor ? Do artista? E no Brasil ?
Certamente estamos confortáveis e relaxados em nossos postos, ao pensar que a escrita não deve ser instrumento de realização social. Walter Benjamim falava das consequencias da massificação da arte, e quanto a massificação do texto ? A internet é uma ferramente excelente para esta massificação, mas no que ela está sendo utilizada ?
Isto é apenas uma parte do desabafo. Posteriormente vou desenvolver esta idéia.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Alhos , bugalhos e maconha na eleição de Israel
O que os sobreviventes do Holocausto têm a ver com a maconha? Tudo, segundo o partido The Holocaust Survivors & Grown-Up Green Leaf, que disputa a eleição em Israel pela primeira vez.
Sua plataforma mistura a defesa de melhores condições de vida em Israel para os sobreviventes do Holocausto com a idéia de que fumar maconha precisa deixar de ser crime. De quebra, o movimento quer o fim das leis israelenses de casamento. "Como resultado, um homem judeu será autorizado a casar com um homem cristão (hoje, ele não pode casar nem com uma mulher cristã)", diz o site do partido.
Abaixo, o clipe da campanha eleitoral do novo movimento:
http://www.youtube.com/watch?v=qFoimWJTroQ&feature=player_embedded
Sua plataforma mistura a defesa de melhores condições de vida em Israel para os sobreviventes do Holocausto com a idéia de que fumar maconha precisa deixar de ser crime. De quebra, o movimento quer o fim das leis israelenses de casamento. "Como resultado, um homem judeu será autorizado a casar com um homem cristão (hoje, ele não pode casar nem com uma mulher cristã)", diz o site do partido.
Abaixo, o clipe da campanha eleitoral do novo movimento:
http://www.youtube.com/watch?v=qFoimWJTroQ&feature=player_embedded
domingo, 27 de setembro de 2009
Halevainu
Preto e Branco
Em uma teia de contrastes
Em um jogo de nuances
Deliro perante a beleza
De seu retrato em preto e branco
Me admiro com a sutileza da cor,
Combina tanto com sua aparência
Anos trinta, como se fosse original
Também é em preto e branco que morremos sonhando...
Me traz à memória,
Aquela pequena cafeteria
Os cigarros e os expressos,
Ambiente intoxicado de rusticidade.
Hoje o dia é cinzento,
Ruidoso pela chuva
Úmido e até mesmo melancólico
Como seu retrato em preto e branco.
O dia passa,
A noite chega,
A madrugada demora,
O amanhecer tarda.
Amanhã será melhor
Mas o ontem guarda
A beleza do preto e branco.
Em uma teia de contrastes
Em um jogo de nuances
Deliro perante a beleza
De seu retrato em preto e branco
Me admiro com a sutileza da cor,
Combina tanto com sua aparência
Anos trinta, como se fosse original
Também é em preto e branco que morremos sonhando...
Me traz à memória,
Aquela pequena cafeteria
Os cigarros e os expressos,
Ambiente intoxicado de rusticidade.
Hoje o dia é cinzento,
Ruidoso pela chuva
Úmido e até mesmo melancólico
Como seu retrato em preto e branco.
O dia passa,
A noite chega,
A madrugada demora,
O amanhecer tarda.
Amanhã será melhor
Mas o ontem guarda
A beleza do preto e branco.
sábado, 26 de setembro de 2009
Babe just me and you
Abertura da consciência
Uma mente pura
É uma mente vazia
Uma consciência fechada
Acaba destruindo a si mesma
Apenas pela abertura da válvula
É possível alcançar a redenção
Porém, nenhuma redenção é solitária
Eis-me eu,
E eis tu,
Cada um em seu caminho,
Suas paixões e desenganos,
Seus erros e acertos
Cada qual em seu devido lugar
E eis que olhando para ti,
Vejo-me na perfeição do reflexo,
Eu sou você
E o que vejo
Sou eu.
Abrindo as nossas almas
Saberemos o sabor dos nossos ímpetos
O poder de nossa vontade
E nossa vontade de poder.
Assim sendo, corruptível é o que se abre,
E assim, da fusão nasce o novo.
Corrompendo-me, e o oposto ocorrendo,
Será necessário que um pouco das duas partes
Morra, para dar origem aquela que é nova,
Que crescerá como potência,
Que se consumará
Conforme os sabores do tempo.
É necessário o tom confessional
É preciso da subjetividade pessoal.
Eu, como bom russo, mantenho os
Exageros da inter-pessoalidade.
Que nossos pensamentos dancem harmoniosamente,
Que brote a inspiração do instinto.
Que se potencialize o diálogo mental.
Os escritores não são como os outros.
Possuímos o dom de perceber as sutilezas
Do Destino, a sutilidade da insinuação
E o sentimento da nostalgia.
Que um desvendo os próprios segredos,
Na imagem do outro que se iguala.
Uma mente pura
É uma mente vazia
Uma consciência fechada
Acaba destruindo a si mesma
Apenas pela abertura da válvula
É possível alcançar a redenção
Porém, nenhuma redenção é solitária
Eis-me eu,
E eis tu,
Cada um em seu caminho,
Suas paixões e desenganos,
Seus erros e acertos
Cada qual em seu devido lugar
E eis que olhando para ti,
Vejo-me na perfeição do reflexo,
Eu sou você
E o que vejo
Sou eu.
Abrindo as nossas almas
Saberemos o sabor dos nossos ímpetos
O poder de nossa vontade
E nossa vontade de poder.
Assim sendo, corruptível é o que se abre,
E assim, da fusão nasce o novo.
Corrompendo-me, e o oposto ocorrendo,
Será necessário que um pouco das duas partes
Morra, para dar origem aquela que é nova,
Que crescerá como potência,
Que se consumará
Conforme os sabores do tempo.
É necessário o tom confessional
É preciso da subjetividade pessoal.
Eu, como bom russo, mantenho os
Exageros da inter-pessoalidade.
Que nossos pensamentos dancem harmoniosamente,
Que brote a inspiração do instinto.
Que se potencialize o diálogo mental.
Os escritores não são como os outros.
Possuímos o dom de perceber as sutilezas
Do Destino, a sutilidade da insinuação
E o sentimento da nostalgia.
Que um desvendo os próprios segredos,
Na imagem do outro que se iguala.
Relax...Why not ?
Verdades e mentiras
Toda brincadeira tem um fundo de verdade,
E toda verdade contém em si sua mentira.
A convicção possui a ilusão da certeza,
E a certeza carrega a pretensão da perfeição.
Nada mais natural que o engano,
Ser humano sofismático e perplexo,
Observa no céu estrelado
Tanto a imensidão do Universo,
Como a pequenez de seu Eu.
Qual seria a verdade então?
A que santa imagem adorar?
Em que língua rezar?
Quantos pecados confessar
E crimes absolver?
Indignado e confuso,
O Zé ninguém
Prefere o conforto
Da relaxada mente preguiçosa.
No fundo, sou um monstro
A manipular os dóceis
E fracos de espírito
Minha vilania consiste em sagacidade,
Meu lado obscuro carrega o chicote
Mal posso esperar para atacar,
Com a crueldade e sutileza de minhas palavras.
Sob minha capa de veracidade
Esconde-se o ídolo do sofismo.
Que mistério sustenta,
Esta farisaica consciência?
As minhas doces mentiras
Penetram como sinfonia em seus ouvidos
Porém, a minha verdade é reservada
E não se insinua a vulgar estímulo.
A minha palavra se reveste de ironia
E minha genialidade chega a ofender
Mas assim como todo mundo,
Eu também sou vítima de minhas mentiras.
Toda brincadeira tem um fundo de verdade,
E toda verdade contém em si sua mentira.
A convicção possui a ilusão da certeza,
E a certeza carrega a pretensão da perfeição.
Nada mais natural que o engano,
Ser humano sofismático e perplexo,
Observa no céu estrelado
Tanto a imensidão do Universo,
Como a pequenez de seu Eu.
Qual seria a verdade então?
A que santa imagem adorar?
Em que língua rezar?
Quantos pecados confessar
E crimes absolver?
Indignado e confuso,
O Zé ninguém
Prefere o conforto
Da relaxada mente preguiçosa.
No fundo, sou um monstro
A manipular os dóceis
E fracos de espírito
Minha vilania consiste em sagacidade,
Meu lado obscuro carrega o chicote
Mal posso esperar para atacar,
Com a crueldade e sutileza de minhas palavras.
Sob minha capa de veracidade
Esconde-se o ídolo do sofismo.
Que mistério sustenta,
Esta farisaica consciência?
As minhas doces mentiras
Penetram como sinfonia em seus ouvidos
Porém, a minha verdade é reservada
E não se insinua a vulgar estímulo.
A minha palavra se reveste de ironia
E minha genialidade chega a ofender
Mas assim como todo mundo,
Eu também sou vítima de minhas mentiras.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
A história
"A história não é como um indivíduo pessoal, que usa o homem para atingir os seus fins. A história não é nada além das ações do homem na busca de seus fins. "
Karlytos Marx.
Karlytos Marx.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
poeirento sangue europeu
Ao som de violino de Leo Fuld, o rei das músicas iddíches.
Em mais uma crise de nostalgia, tão frequente nestes dias.
Nostalgia
Mais um maço de cigarros,
E ainda não amanheceu.
Lembrar sempre carrega a pretensão de esquecer,
E a madrugada inflama
Minha vontade de perecer.
Se dizia que da fraqueza
Viria a força, e da riqueza
Nasceria a pobreza...
Procuro a nostalgia,
Na perspectiva de viver um tempo
Que jamais vivi,
Um tempo aonde a conheceria,
O Destino forjaria uma piada diferente.
A fragilidade do pensamento
Cede perante o poder do desígnio,
Os destinos se entrelaçam na madrugada,
Quiçá lhe encontrarei na próxima esquina ?
Ou no ponto de ônibus?
Ninguém o sabe, mas o importante
Preciso de ruína,
O passado se escurece,
O destino se usurpa.
O presente se esmorece...
O paradoxo em equilíbrio,
Tu o sabes muito bem,
O que é o sopro da inspiração
Qual a essência da poesia.
O café e o cigarro,
A madrugada.
Spleen e noir,
Escuridão e solidão.
Em última estância,
Que uma ponte
Quântica
Se estabeleça entre nossas
Almas...
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