segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sociedade, Identidade, Estabilidade

I - Fim dos Governos.

Este seria o primeiro passo, e o mais essencial. É claro para nós hoje que as soberanias nacionais, sejam elas absolutistas e despóticas ou democráticas e liberais, foram uma péssima idéia, na exata medida em que um homem, apenas um, pode perverter todo o ideário de uma nação, engana-la, manipula-la e mudar a Ordem do Dia, dos interesses coletivos e públicos aos seus próprios interesses particulares. As soberanias nacionais, desde sua criação, provaram ser idéias falhas. Nãções mais poderosas roubam terras de outras menores. Países são invadidos, a "soberania" de outras nações é facilmente violada, e nada se pode fazer. Temos um orgão internacional e transnacional, temos o conselho sobre relações exteriores, e porém, nada pode ser feito nestes casos. Observamos duas guerras "mundiais" no último século. Simplesmente, não se pode confiar toda a autoridade e administração de um país à um homem ou partido, mesmo que isto se dê através de um processo democrático. O governo deve ser Mundial, sua administração não deve possuir barreiras ou fronteiras. Somos cosmopolitas, cidadãos do Mundo, e não de um pedaço de terra demarcado.


II - Fim das propriedades.

A propriedade privada provou ser uma invenção falaciosa. Nos Impérios da Antiguidade, ela existia, porém a vida pública era muito mais estimulada do que a vida privada. O que ocorre hoje? Temos um valor imenso sendo dado à vida privada, e a vida pública foi esquecida. Isto é um veneno mortal para o Mundo, na medida em que os cidadãos deixam de se interessar pelo Todo e concentram-se apenas no Particular, no espaço fechado de suas casas. Nos tempos gregos e romanos, a vida pública era uma virtude, e mas importante do que a privada. Hoje, com os valores invertidos, o que percebemos ?

Um total descaso para com a Política, para com o convívio social saudável, para com a vida pública em si. Culpa da propriedade privada. E desde o Feudalismo esta idéia vem pervertendo as relações materiais entre os homens. É claro que não se pode atribuir toda a culpa neste aspecto, mas com certeza grande parte advém dele. Através de uma sociedade instruída, com uma identidade social forte, e socialmente estável, podemos abolir toda e qualquer propriedade, e tornar o mundo um bem público. Obviamente, todo este "bem público" seria corretamente administrado através de pessoas fidedignas.

III - Fim do Conceito de Nação.

Como expus no primeiro tópico, o fim dos governos leva ao fim dos conceitos de nação. Sem um governo central, centrado no espaço geográfico do antigo ideal de nação, e sem uma força motriz ideária para a identidade cultural do povo, podemos reforçar uma identidade cosmopolita e transnacional, de maneira a acabar com limitações e diferenças entre os homens, pois afinal, o encaixe de todo um cerébro e toda uma atividade intelectual dentro de um determinado conceito pré-estabelecido e anterior à própria existência do ente pensante, o que é ? Ora, simplesmente uma convenção, servida para perpetuar os interesses daqueles que estão por trás de toda esta construção. Não somos brasileiros, asiaticos, europeus ou americanos. Somos homens, seres humanos, terráqueos. Pertencemos ao Mundo, e apenas ao Mundo.


IV - Fim da Família.

Pode não parecer, mas este é um dos passos mais importantes no processo de realização e consumação da Nova Ordem Mundial. Por um simples motivo : Possuímos um perfil, dentro da estrutura de família, principalmente da estrutura ocidental patriarcal, de passar aos nossos filhos os nossos valores, crenças, crendices, sofismas e vícios ideológicos. É um padrão, um jogo de xadrez, que vai sendo passado, de geração à geração. Caso o seio famíliar não exista mais, não se possuirá os meios para viciar as novas gerações.

Sem a família para perpetuar os vícios familiares, ideológicos e religiosos, assim o homem será livre para realizar sua própria instrução. Obviamente, haverão aqueles responsabilizados para isto, pessoas capazes e instruídas, destinadas a reforçar os conceitos de Sociedade, Identidade e Estabilidade nas novas gerações, de maneira a criar uma geração poderosa de homens livres, espíritos livres do preconceito e preparados para encarar o Zênite da Humanidade.

V - Fim das Religiões.

As religiões sempre foram um poderoso instrumento de manipulação e alienação do Povo. Apesar de tamanhas semelhanças entre elas, várias gargantas são cortadas diariamente apenas por uma miudeza ou por um capricho do fanático. Religiões devem ser abolidas, e substituídas por uma forma de manifestação social, uma espécie de culto, aonde homens e mulheres se unam para celebrar a grandeza do Mundo, os prazeres da vida, a Identidade cosmopolita, a Estabilidade da sociedade, e o bom funcionamento da sociedade em geral. Sem a religião para dividir o mundo, e com uma forma de celebração da Essência e da Existência voltada para o convívio público, com certeza a humanidade só teria a ganhar.

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