quinta-feira, 17 de setembro de 2009

poeirento sangue europeu

Ao som de violino de Leo Fuld, o rei das músicas iddíches.
Em mais uma crise de nostalgia, tão frequente nestes dias.


Nostalgia


Mais um maço de cigarros,
E ainda n
ão amanheceu.
Lembrar sempre carrega a pretensão de esquecer,
E a madrugada inflama
Minha vontade de perecer.
Se dizia que da fraqueza
Viria a força, e da riqueza
Nasceria a pobreza...
Procuro a nostalgia,
Na perspectiva de viver um tempo
Que jamais vivi,
Um tempo aonde a conheceria,
O Destino forjaria uma piada diferente.
A fragilidade do pensamento
Cede perante o poder do desígnio,
Os destinos se entrelaçam na madrugada,
Quiçá lhe encontrarei na próxima esquina ?
Ou no ponto de ônibus?

Ninguém o sabe, mas o importante

É a essência do fato:
Preciso de ruína,
O passado se escurece,
O destino se usurpa.
O presente se esmorece...


O paradoxo em equilíbrio,
Tu o sabes muito bem,
O que é o sopro da inspiração
Qual a essência da poesia.

O café e o cigarro,
A madrugada.
Spleen e noir,
Escuridão e solidão.
Em última estância,
Que uma ponte
Quântica
Se estabeleça entre nossas
Almas...

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